HISTORIANDO AS ARTES II
ARTE PALEOCRISTÃ DA SÍRIA E DA PALESTINA
ARTE COPTA
Nos princípios do século XX, alguns bizantinólogos e, sobretudo, os arqueólogos da então jovem escola russa começaram a pôr em dúvida que a arte cristã, que se julgava ter nascido nos cemitérios romanos, fosse de origem exclusivamente latina; e que mais tarde, ao evoluir em Bizâncio, continuasse a seguir o impulso que tinha recebido de Roma com os tipos criados no Ocidente.
Porém, diversas influências ou coincidências entre a arte cristã romana e a do Oriente foram sendo descobertas em tal número que se chegou a estabelecer a teoria inversa, isto é: do mesmo modo que chegaram a Roma a liturgia e a doutrina cristãs, já formadas no Oriente, também da Ásia e do Egito chegou a Roma uma parte dos temas e dos artistas que decoraram as catacumbas e desenvolveram a arte paleocristã no Ocidente, tendo sido ainda o Oriente que mais tarde formou a arte cristã da corte imperial de Bizâncio.
A teoria da origem oriental da arte cristã primitiva confirma-se com descoberta arqueológica. O tema, tão freqüente na arte cristã, de anjos sustendo o medalhão, ou escudo, com a imagem do Redentor é também de origem oriental.
A mesma confirmação da origem oriental de temas da arte cristã primitiva obtém-se através do exame de manuscritos com iluminuras. O mais famoso pela sua beleza de desenho e colorido, o Gênesis da Biblioteca Imperial de Viena.
E, se da pintura passarmos à escultura, teremos de fazer as mesmas retificações. A figura de Cristo com a auréola de cruz, que se manterá durante toda a Idade Média, aparece pela primeira vez numa série de sarcófagos com motivos ainda pagãos, ricamente decorados com grandes frisos de acantos espinhosos. Alguns destes sarcófagos têm figuras alegóricas dentro de arcadas ou nichos, noutros, porém, aparece ao centro a figura de Jesus, ainda imberbe, com a auréola de cruz. Encontram-se também provas da origem oriental em muitos objetos de marfim que foram enviados para Roma e para outros pontos do Ocidente latino dos primeiros séculos cristãos.
A mesma origem oriental está confirmada quanto às peças mais importantes de ourivesaria da arte cristã primitiva. Para se descobrir a origem de algumas bastou aproveitar as indicações teológicas, estilísticas ou topográficas proporcionadas pelos próprios objetos.
Todo o Oriente romano, desde o Ponto ao Eufrates e desde as mesetas da Ásia Menor ao Egito, fermentava de entusiasmo criador nos primeiros séculos da era cristã.
As suas obras de arte e os seus artistas chegaram em profusão até a própria Roma; porém, os centros criadores eram Êfeso, Selêucia, Antioquia, Jerusalém, Bosra e Palmira, no deserto.
A outra região de atividade artística fundamental dos primeiros tempos do cristianismo foi, sem dúvida, o velho Egito. Alexandria mantinha com Roma relações talvez mais íntimas que com as capitais da Ásia. Parece que alguns objetos da arte suntuária cristã encontrados no Ocidente foram produzidos em Alexandria, recolhendo as últimas inspirações da arte helenística, de que a cidade fora um dos centros principais. Mas, para encontrar no Egito edifícios cristãos com estilo próprio, temos de ascender até a chamada arte copta, dos famosos monges da Tebaida. A palavra “copta” deriva do árabe Qubt, corruptela do grego Aigyptios (“egípcio”).
O Egito permaneceu fiel às suas crenças religiosas até ao século III.
A sua conversão ao cristianismo parece ter-se dado mais por rebeldia ao Império romano que por convicção piedosa; mas, uma vez ligado à nova doutrina, glorificou-a com torrentes de sangue. As últimas perseguições no Egito tiveram um rigor não ultrapassado em nenhuma outra província do Império, e desde então os seus bispos puderam apresentar-se nos concílios com o respeito e a autoridade que lhes davam as suas próprias cicatrizes e a recordação das numerosas vítimas dos seus rebanhos.
Foi também no Egito que teve início a vida monástica, que primeiro se espalhou pelo Oriente e depois pelo Ocidente latino. Antônio e Paulo, com o seu discípulo Macário, são considerados os grandes fundadores do monaquismo cristão. Os mosteiros egípcios chegaram a ter proporções exageradas, com a conseqüência natural de se desvanecer neles o fervor primitivo. Os monges procuraram conciliar os temas da antiga religião faraônica com o cristianismo, vendo em Ísis um símbolo de Maria e em Horo o de Cristo. Até a cruz foi substituída pelo antigo hieróglifo Ank, uma chave que significa “vida”, formando assim o que se chama cruz ansada. Para dar mais precisão ao dogma, a favor ou contra o arianismo (doutrina que reconhece em Cristo uma natureza intermediária entre a divindade e a humanidade), ou para outros esforços teológicos da igreja egípcia, mobilizou-se o clero de Alexandria. Por isso, a arte cristã, que poderíamos dizer de exportação, é a da capital, puramente Alexandrina ou, que é o mesmo, helenística, enquanto a arte copta, desenvolvida pelos monges do interior do país, que provinham, na sua maior parte, das camadas populares, continuava as tradições do Antigo Egito e em breve começou a mostrar características originais.
Por isso pode-se afirmar que a arte copta nasceu como expressão autóctone das populações egípcio-cristãs, em oposição à cultura oficial helenística de Alexandria.
Isto explica que se afaste do naturalismo helenístico e se desenvolva em direção a uma arte cada vez mais abstrata, em que as imagens sagradas se tornam hieráticas, sobre fundos planos, a duas dimensões, que não permitem qualquer ilusão de perspectiva ou de profundidade, ao passo que os motivos decorativos se vão tornando progressivamente mais geométricos.
Talvez o afastamento ou as divergências entre a igreja metropolitana e os mosteiros do interior tivessem levado muitos monges coptas a emigrar para estabelecer cenóbios no Ocidente.
Na história do desenvolvimento das formas da nova arte, o Egito contribuiu, pois, com a sua escola copta, que se afastou da corrente cristã oriental, exagerando certos dogmas ou interpretando-os num sentido peculiar.
Às vezes encontram-se relevos coptas com temas pagãos, encarnações do Diabo, misturados com santos locais: Santa Tecla, São Menos, São Marcos.
A escultura das paredes dos mosteiros recorda o Antigo Egito. O seu hieratismo adapta-se maravilhosamente às novas representações cristãs, misturadas com temas da mitologia clássica (Leda e o Cisne, o mito de Orfeu, Vênus surgindo do mar, etc.). Os capitéis, com a estilização de folhas espinhosas e videiras com cachos de uvas, lembram imediatamente o tipo de capitel bizantino.
As primeiras manifestações da pintura cristã no Egito encontram-se nas catacumbas de Alexandria, descobertas em 1864 próximos da coluna chamada de Pompeu. Há ali afrescos de pouca originalidade; devem repetir temas importados da Síria e da Mesopotâmia, como os das catacumbas romanas. Mais tarde, os monges coptas pintaram igrejas e copiaram manuscritos.
Encontramos nestas decorações uma iconografia ousada e original que, com o tempo, chegou até a penetrar no distante Ocidente latino e a orientar a arte da alta Idade Média européia. A Virgem, por exemplo, dá o peito a Jesus, tal como Ísis amamentou Horo (pintura do templo de Saqqarah). Os anjos têm importância singular: são nossos defensores na incessante luta com os gênios infernais. Estes chegam disfarçados de centauros, ninfas, sátiros, mulheres... Com a sua fervida imaginação, os monges coptas descobriram nas miragens alucinantes, com o vigor da realidade, toda a espécie de seres diabólicos e representaram-nos nas orlas dos seus afrescos e nos medalhões das suas telas.
Os afrescos historiados das absides coptas, infelizmente tão escassos e mutilados, representam freqüentemente a Virgem e os apóstolos sob o olhar de Deus, rodeado da hierarquia dos anjos. Outro tema recorrente é o do Apocalipse. Por outro lado, para os monges coptas, as convulsões cósmicas e as catástrofes astronômicas vaticinadas no Apocalipse deviam ser fenômenos quase naturais. Não era o Sol um olho de Horo, que Set lançou no firmamento, e a Lua uma aparição de Isis? Não estava o reino de Osíris cheio de animais monstruosos, devoradores de almas? Tudo concordava com o texto do relato apocalíptico, que anunciava chuva de estrelas e de sangue, escorpiões e gafanhotos vorazes. Não é, portanto, estranho que os comentários do Apocalipse tenham sido escritos e ilustrados primeiramente no Egito e depois em Cartago e na Espanha. Administrativamente, estas duas províncias dependiam de Roma, mas em matéria de pensamento e de arte estavam profundamente influenciadas pelo Oriente e pelo Egito copta.
A pintura copta apresenta um processo de esquematização análogo ao da escultura, que não se limita aqui à estrutura gráfica da imagem, mas também às suas relações cromáticas, reduzidas a poucas cores básicas: o amarelo, o vermelho e o azul. Os centros mais importantes da pintura copta, além dos já citados de Saqqarah e Bauit, são deir Abu Hennis (perto de Antínoo), Abus Girge, o Convento Branco e o Convento Vermelho.
Os tecidos, de que se conservaram muitos fragmentos graças ao clima excepcionalmente seco do Egito (ao passo que desapareceram quase totalmente outros da mesma época, mas de proveniências diferentes), têm grande importância na arte copta. Os tecidos coptas, com trama de linho por tingir e urdido com lãs de cores vivas, apresentam uma geometrização das figuras ainda mais pronunciada que nas pinturas. Essa geometrização enriquece a sua finalidade suntuária e confere-lhes um grau inigualável de força decorativa.
FONTES:
História da Arte. Salvat Editora do Brasil Ltda. Tomo 3, capítulo 2 – Páginas 43 a 64 S.P.
ARTE PALEOCRISTÃ DA SÍRIA E DA PALESTINA
ARTE COPTA
Nos princípios do século XX, alguns bizantinólogos e, sobretudo, os arqueólogos da então jovem escola russa começaram a pôr em dúvida que a arte cristã, que se julgava ter nascido nos cemitérios romanos, fosse de origem exclusivamente latina; e que mais tarde, ao evoluir em Bizâncio, continuasse a seguir o impulso que tinha recebido de Roma com os tipos criados no Ocidente.
Porém, diversas influências ou coincidências entre a arte cristã romana e a do Oriente foram sendo descobertas em tal número que se chegou a estabelecer a teoria inversa, isto é: do mesmo modo que chegaram a Roma a liturgia e a doutrina cristãs, já formadas no Oriente, também da Ásia e do Egito chegou a Roma uma parte dos temas e dos artistas que decoraram as catacumbas e desenvolveram a arte paleocristã no Ocidente, tendo sido ainda o Oriente que mais tarde formou a arte cristã da corte imperial de Bizâncio.
A teoria da origem oriental da arte cristã primitiva confirma-se com descoberta arqueológica. O tema, tão freqüente na arte cristã, de anjos sustendo o medalhão, ou escudo, com a imagem do Redentor é também de origem oriental.
A mesma confirmação da origem oriental de temas da arte cristã primitiva obtém-se através do exame de manuscritos com iluminuras. O mais famoso pela sua beleza de desenho e colorido, o Gênesis da Biblioteca Imperial de Viena.
E, se da pintura passarmos à escultura, teremos de fazer as mesmas retificações. A figura de Cristo com a auréola de cruz, que se manterá durante toda a Idade Média, aparece pela primeira vez numa série de sarcófagos com motivos ainda pagãos, ricamente decorados com grandes frisos de acantos espinhosos. Alguns destes sarcófagos têm figuras alegóricas dentro de arcadas ou nichos, noutros, porém, aparece ao centro a figura de Jesus, ainda imberbe, com a auréola de cruz. Encontram-se também provas da origem oriental em muitos objetos de marfim que foram enviados para Roma e para outros pontos do Ocidente latino dos primeiros séculos cristãos.
A mesma origem oriental está confirmada quanto às peças mais importantes de ourivesaria da arte cristã primitiva. Para se descobrir a origem de algumas bastou aproveitar as indicações teológicas, estilísticas ou topográficas proporcionadas pelos próprios objetos.
Todo o Oriente romano, desde o Ponto ao Eufrates e desde as mesetas da Ásia Menor ao Egito, fermentava de entusiasmo criador nos primeiros séculos da era cristã.
As suas obras de arte e os seus artistas chegaram em profusão até a própria Roma; porém, os centros criadores eram Êfeso, Selêucia, Antioquia, Jerusalém, Bosra e Palmira, no deserto.
A outra região de atividade artística fundamental dos primeiros tempos do cristianismo foi, sem dúvida, o velho Egito. Alexandria mantinha com Roma relações talvez mais íntimas que com as capitais da Ásia. Parece que alguns objetos da arte suntuária cristã encontrados no Ocidente foram produzidos em Alexandria, recolhendo as últimas inspirações da arte helenística, de que a cidade fora um dos centros principais. Mas, para encontrar no Egito edifícios cristãos com estilo próprio, temos de ascender até a chamada arte copta, dos famosos monges da Tebaida. A palavra “copta” deriva do árabe Qubt, corruptela do grego Aigyptios (“egípcio”).
O Egito permaneceu fiel às suas crenças religiosas até ao século III.
A sua conversão ao cristianismo parece ter-se dado mais por rebeldia ao Império romano que por convicção piedosa; mas, uma vez ligado à nova doutrina, glorificou-a com torrentes de sangue. As últimas perseguições no Egito tiveram um rigor não ultrapassado em nenhuma outra província do Império, e desde então os seus bispos puderam apresentar-se nos concílios com o respeito e a autoridade que lhes davam as suas próprias cicatrizes e a recordação das numerosas vítimas dos seus rebanhos.
Foi também no Egito que teve início a vida monástica, que primeiro se espalhou pelo Oriente e depois pelo Ocidente latino. Antônio e Paulo, com o seu discípulo Macário, são considerados os grandes fundadores do monaquismo cristão. Os mosteiros egípcios chegaram a ter proporções exageradas, com a conseqüência natural de se desvanecer neles o fervor primitivo. Os monges procuraram conciliar os temas da antiga religião faraônica com o cristianismo, vendo em Ísis um símbolo de Maria e em Horo o de Cristo. Até a cruz foi substituída pelo antigo hieróglifo Ank, uma chave que significa “vida”, formando assim o que se chama cruz ansada. Para dar mais precisão ao dogma, a favor ou contra o arianismo (doutrina que reconhece em Cristo uma natureza intermediária entre a divindade e a humanidade), ou para outros esforços teológicos da igreja egípcia, mobilizou-se o clero de Alexandria. Por isso, a arte cristã, que poderíamos dizer de exportação, é a da capital, puramente Alexandrina ou, que é o mesmo, helenística, enquanto a arte copta, desenvolvida pelos monges do interior do país, que provinham, na sua maior parte, das camadas populares, continuava as tradições do Antigo Egito e em breve começou a mostrar características originais.
Por isso pode-se afirmar que a arte copta nasceu como expressão autóctone das populações egípcio-cristãs, em oposição à cultura oficial helenística de Alexandria.
Isto explica que se afaste do naturalismo helenístico e se desenvolva em direção a uma arte cada vez mais abstrata, em que as imagens sagradas se tornam hieráticas, sobre fundos planos, a duas dimensões, que não permitem qualquer ilusão de perspectiva ou de profundidade, ao passo que os motivos decorativos se vão tornando progressivamente mais geométricos.
Talvez o afastamento ou as divergências entre a igreja metropolitana e os mosteiros do interior tivessem levado muitos monges coptas a emigrar para estabelecer cenóbios no Ocidente.
Na história do desenvolvimento das formas da nova arte, o Egito contribuiu, pois, com a sua escola copta, que se afastou da corrente cristã oriental, exagerando certos dogmas ou interpretando-os num sentido peculiar.
Às vezes encontram-se relevos coptas com temas pagãos, encarnações do Diabo, misturados com santos locais: Santa Tecla, São Menos, São Marcos.
A escultura das paredes dos mosteiros recorda o Antigo Egito. O seu hieratismo adapta-se maravilhosamente às novas representações cristãs, misturadas com temas da mitologia clássica (Leda e o Cisne, o mito de Orfeu, Vênus surgindo do mar, etc.). Os capitéis, com a estilização de folhas espinhosas e videiras com cachos de uvas, lembram imediatamente o tipo de capitel bizantino.
As primeiras manifestações da pintura cristã no Egito encontram-se nas catacumbas de Alexandria, descobertas em 1864 próximos da coluna chamada de Pompeu. Há ali afrescos de pouca originalidade; devem repetir temas importados da Síria e da Mesopotâmia, como os das catacumbas romanas. Mais tarde, os monges coptas pintaram igrejas e copiaram manuscritos.
Encontramos nestas decorações uma iconografia ousada e original que, com o tempo, chegou até a penetrar no distante Ocidente latino e a orientar a arte da alta Idade Média européia. A Virgem, por exemplo, dá o peito a Jesus, tal como Ísis amamentou Horo (pintura do templo de Saqqarah). Os anjos têm importância singular: são nossos defensores na incessante luta com os gênios infernais. Estes chegam disfarçados de centauros, ninfas, sátiros, mulheres... Com a sua fervida imaginação, os monges coptas descobriram nas miragens alucinantes, com o vigor da realidade, toda a espécie de seres diabólicos e representaram-nos nas orlas dos seus afrescos e nos medalhões das suas telas.
Os afrescos historiados das absides coptas, infelizmente tão escassos e mutilados, representam freqüentemente a Virgem e os apóstolos sob o olhar de Deus, rodeado da hierarquia dos anjos. Outro tema recorrente é o do Apocalipse. Por outro lado, para os monges coptas, as convulsões cósmicas e as catástrofes astronômicas vaticinadas no Apocalipse deviam ser fenômenos quase naturais. Não era o Sol um olho de Horo, que Set lançou no firmamento, e a Lua uma aparição de Isis? Não estava o reino de Osíris cheio de animais monstruosos, devoradores de almas? Tudo concordava com o texto do relato apocalíptico, que anunciava chuva de estrelas e de sangue, escorpiões e gafanhotos vorazes. Não é, portanto, estranho que os comentários do Apocalipse tenham sido escritos e ilustrados primeiramente no Egito e depois em Cartago e na Espanha. Administrativamente, estas duas províncias dependiam de Roma, mas em matéria de pensamento e de arte estavam profundamente influenciadas pelo Oriente e pelo Egito copta.
A pintura copta apresenta um processo de esquematização análogo ao da escultura, que não se limita aqui à estrutura gráfica da imagem, mas também às suas relações cromáticas, reduzidas a poucas cores básicas: o amarelo, o vermelho e o azul. Os centros mais importantes da pintura copta, além dos já citados de Saqqarah e Bauit, são deir Abu Hennis (perto de Antínoo), Abus Girge, o Convento Branco e o Convento Vermelho.
Os tecidos, de que se conservaram muitos fragmentos graças ao clima excepcionalmente seco do Egito (ao passo que desapareceram quase totalmente outros da mesma época, mas de proveniências diferentes), têm grande importância na arte copta. Os tecidos coptas, com trama de linho por tingir e urdido com lãs de cores vivas, apresentam uma geometrização das figuras ainda mais pronunciada que nas pinturas. Essa geometrização enriquece a sua finalidade suntuária e confere-lhes um grau inigualável de força decorativa.
FONTES:
História da Arte. Salvat Editora do Brasil Ltda. Tomo 3, capítulo 2 – Páginas 43 a 64 S.P.
Um comentário:
Mestre, muito embora eu vejo e observo a participação de alguns colegas em sala, noto que ninguém envia uma única mensagem. Tenho duas observações sobre esse assunto: Suas explanações são tão interessantes e marcantes que "eles" até esquecem de fazer um comentário; ou leem o que está aqui e bate a preguicinha em fazer um comentário. Ou melhor, como a maioria são professores tem a possibilidade da falta de tempo, assim espero. Um abração e até a próxima sexta feira.
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